Os micróbios encontrados abaixo do gelo da Antártida: O que significa na caça por Vida Extraterrestre? - Mistérios do Universo

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21 de agosto de 2014

Os micróbios encontrados abaixo do gelo da Antártida: O que significa na caça por Vida Extraterrestre?

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subglacial lake whillans in antarctica
Cientistas americanos perfurados com sucesso o Lake Whillans, uma extensão subglacial que medie cerca de 1,2 milhas quadradas (3 quilômetros quadrados) de água escondida nas profundezas do manto de gelo da Antártida. Crédito: Zina Deretsky / NS


A descoberta de um ecossistema microbiano complexo muito abaixo do gelo da Antártida pode ser excitante, mas isso não significa necessariamente que a vida está repleta de mundos gelados em todo o sistema solar, advertem pesquisadores.

Cientistas anunciaram nesta quarta (20 de agosto) na revista Nature que muitos tipos diferentes de micróbios vivem no Lago Subglacial Whillans, um corpo de água doce sepultado debaixo 2.600 pés (800 metros) de gelo da Antártida. Muitos dos microrganismos nestas profundezas escuras, aparentemente, obtêm sua energia a partir de rochas, relataram os pesquisadores.

Os resultados poderiam ter implicações para a busca de vida fora da Terra, diz Martyn Tranter, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, que não participou do estudo.

"A equipe abriu uma janela tentadora nas comunidades microbianas no leito do manto de gelo da Antártida Ocidental, e de como eles são mantidos e se auto-organizam," Tranter escreveu em um acompanhamento da  "News and Views" na mesma edição da Nature. "As conclusões dos autores ainda levantam a questão de saber se os micróbios poderiam comer rocha abaixo das camadas de gelo em corpos extraterrestres, como Marte. Esta ideia tem mais tração agora."

Mas esta tração é uma questão de debate. Por exemplo,  o astrobiólogo Chris McKay do Ames Research Center da NASA, na Califórnia, não vê muita aplicação para Marte ou de qualquer outro mundo alienígena.

"Em primeiro lugar, é claro que a água amostrada é de um sistema que está fluindo através do gelo e para o oceano", disse McKay, que também não fazia parte da equipe de estudo.

Europa e Enceladus, dois mundos gelados potencialmente habitáveis. ESA
"Em segundo lugar, e relacionado a isso, os resultados não são indicativos de um ecossistema que está crescendo em um sistema escuro, limitado em nutrientes", disse McKay. "Eles são consistentes com os restos do gelo sobrejacente - conhecidos por conterem micro-organismos -. Que fluem através de e para o oceano em seu próprio direito, mas não um modelo para um ecossistema isolado coberto de gelo."

Isolados, os oceanos cobertos de gelo existem em algumas luas do sistema solar exterior, como a lua Europa, de Júpiter e de Enceladus, de Saturno - talvez as duas melhores apostas para abrigar vida fora da Terra. McKay e outros astrobiólogos gostariam de saber se estes oceanos, de fato, abrigam vida.

Pode ser possível descobrir sem sequer tocar baixo na Europa ou Enceladus. As Nuvens de vapor de água jorram no espaço das regiões polares do sul de ambas as luas, o que sugere que as sondas do voo rasante poderiam provar de longe a existência de  seus mares de subsuperfície.

 Europa está nas mentes tanto da NASA, quanto da Agência Espacial Europeia (ESA). A NASA está elaborando planos para uma potencial missão em Europa que poderia decolar em meados da década de 2020, enquanto a ESA pretende lançar sua missão nas luas de Júpiter (SUCO) -que iria estudar os satélites de Júpiter Calisto e Ganimedes, além de Europa - em 2022.

Traduzido por Felipe Sérvulo do Space

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