As “aberrações” do tempo – 1ª Parte - Mistérios do Universo

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29 de novembro de 2016

As “aberrações” do tempo – 1ª Parte

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Caro leitor. Pretendo provar que o “tempo” como o conhecemos (passado-presente-futuro), na realidade, não é linear e sequer existe em uma série de ensaios que irão demonstrar certas “características” exóticas do mesmo. Pretendo, nestes ensaios, demonstrar certas “aberrações” e “paradoxos” que de fato existem na natureza ou que são “possíveis” utilizando uma linguagem simples para que o entendimento da proposição seja entendido.
Então, vamos lá…
Em uma experiência mental simples, mas factível, vamos imaginar um seguinte cenário: temos uma esfera (não é necessário que seja perfeita, mas que seja “quase” perfeita) de ferro no espaço com cerca de 100 metros de diâmetro. Esta esfera é oca, possui uma espessura de poucos centímetros e orbita o Sol como a Terra. Nada demais, não é mesmo?
Dentro da esfera não existe “ar”. Existe vácuo, semelhante ao vácuo interestelar. Em outras palavras: existem pouquíssimos átomos por metro quadrado de volume.
A única condição “ideal” para o experimento é que, no centro da esfera  exista um único átomo ionizado de Flúor ou íon de Flúor (átomo eletricamente instável como carga negativa ou positiva). Este átomo ou íon de Flúor é o mesmo utilizado em pastas de dente que você usa no seu dia a dia. Por que eletricamente carregado? Porque no início do experimento tínhamos que colocar este átomo no centro da esfera oca e utilizamos para isso magnetismo (geramos campos magnéticos e colocamos este átomo no centro da esfera antes de fecha-la).
Com a esfera “lacrada”, a inércia ou tendência de “massa” ficar em movimento retilíneo e uniforme ou em “repouso” fará com que este íon de Flúor fique onde esta por um bom tempo sem interferências externas. Ele seguirá o mesmo caminho da esfera em torno do Sol sem se mover com relação à esfera.
Então temos: uma esfera oca de Ferro no espaço com um íon de Flúor em seu centro. E daí? Você pode questionar caro leitor… O que há demais nisso?
Ocorre que existe uma partícula subatômica chamada Neutrino. Esta partícula é formada no interior de estrelas, como o Sol, ou em explosões de estrelas chamadas “Supernovas” durante as reações nucleares que ocorrem dentro das estrelas ou nas explosões. O Neutrino (na realidade existe 3 tipos de Neutrinos, mas isso não vem ao caso no momento) é um subproduto da fusão do Hidrogênio em Hélio ou outros tipos de fusões onde, por exemplo, quatro núcleos de Hidrogênio geram um núcleo de Hélio, gerando ainda ondas eletromagnéticas, dentre as quais a Luz, e … Neutrinos.
Em explosões de estrelas chamadas “Supernovas”, que são estrelas  muito mais “pesadas” (possuem muito mais “massa”) que o Sol, são produzidas imensas quantidades de Neutrinos devido às fusões em cadeia dentro destas explosões, onde se produz os demais elementos químicos, como Carbono, Nitrogênio ou Ouro.
Assim que os Neutrinos são formados por estas reações, eles saem em disparada na velocidade da Luz em todas as direções.
Porém, os Neutrinos possuem uma característica muito peculiar. Eles conseguem atravessar planetas, estrelas, nuvens de gás interestelar, eu, você, caro leitor e até uma parede hipotética de chumbo com 30 trilhões de quilômetros de largura (cerca de 3 anos luz de espessura) sem interagir com a matéria. Ou seja: para um Neutrino, nós somos como o vácuo. Não existimos.
Ao ler estas linhas, caro leitor, passam por você trilhões de Neutrinos e nada acontece.
Então, como sabemos que esta partícula existe?
Bem… Ela foi prevista por físicos para explicar uma desconexão entre a perda de massa em uma reação de fusão nuclear. Sem ela, estrelas como “Supernovas” não poderiam explodir. Obs: Ela já foi “detectada” por experimentos.
Ela não possui carga elétrica e sua massa é ínfima. Dito isso, há somente um porém: em determinados casos muito específicos, quando uma “Supernova” ocorre, por exemplo, a quantidade de Neutrinos formada é tamanha que por mero “acaso” um Neutrino interage especificamente com um átomo ou íon de Flúor.
Agora sim, podemos partir para nosso experimento com aquele íon de flúor a orbitar o Sol dentro de uma esfera de Ferro.
Suponhamos que um Neutrino vindo de uma estrela longínqua interaja com ele. O que ocorre?
Quando um Neutrino interage com um átomo ou íon de Flúor ele faz um de seus elétrons saltar para uma camada mais energética (lembram das órbitas dos elétrons no átomo sobre o núcleo de Prótons e Nêutrons?) . Pois é…
Segundos depois o Elétron energizado emite um único Fóton de luz, voltando à sua posição original.
Então tempos a seguinte situação: dentro da esfera, ocorre um flash de luz que ilumina todo o interior da esfera, correto?
Até aqui, espero que todos tenham entendido.
Mas…
Vamos analisar o experimento de outra maneira.
A “Luz” emitida pelo íon de Flúor iluminou toda a superfície interna da esfera de ferro. Não há dúvidas sobre isso. É um fato. Porém foi criado apenas um único Fóton! Como pode um único Fóton iluminar toda a superfície interna de nossa esfera? A explicação dada pela ciência é que Fótons de luz são partículas-onda, ou seja, ora se comportam como partículas, ora como “ondas” como as ondas ocasionadas por uma pedra jogada dentro de um lago calmo. Neste caso, a “onda” de luz gerada iluminou toda a superfície interna da esfera. Faz sentido, correto?
Mas o que de fato aconteceu com a partícula de luz ou Fóton?
Observando por outro prisma, segundo a relatividade de Einstein, quanto mais nos aproximamos da velocidade da Luz (quase 300 mil quilômetros por segundo), mais lentamente o tempo se passa. Este fato já foi comprovado e medido por inúmeros cientistas.  Mas na velocidade da Luz, o tempo inexiste. Ou seja, para um Fóton como partícula, o tempo não existe e ele pode sair do nosso íon de Flúor ir até a parede de ferro interna de nossa esfera, reagir com um átomo de Ferro (iluminando-o). Mais: como o princípio de incerteza de Heisemberg (Mecânica Quântica) prevê, todas as possibilidades ocorrem, ou seja, o Fóton iluminou um único átomo de Ferro em uma possibilidade, depois outro em outra, fazendo da realidade um mosaico de todas as possibilidades, iluminando cada átomo de Ferro com tempo igual a zero ou nulo.
Na prática, isso significa que vivemos em um Universo atemporal, onde passado presente e futuro inexistem, pois seria necessário “tempo”, mesmo que ínfimo, para que o Fóton iluminasse cada um dos átomos internos de Ferro de nossa esfera, pois a Luz, lembre, possui velocidade limitada. Mas não é isso que ocorre. Todos, os átomos de Ferro à mesma distância, são iluminados ao mesmo “tempo”.
Estamos aqui falando em um experimento hipotético, porém, factível. Agora, caro leitor, amplie isso para as possibilidades reais do que foi descrito e que é um fato.
Se o tempo “inexiste” para a Luz (Fótons/partículas/ondas), pode o Universo inteiro estar “imerso” ou até mesmo “ser” apenas uma partícula? Como você pode ser iluminado por uma única partícula atemporal e “sentir” e observar o tempo? Não parece um paradoxo? Se o que vemos é uma coletânea de possibilidades, estas são reais?
Bom…
Este é apenas o primeiro ensaio.
Espero que gostem e, seguiremos em breve com um segundo ensaio. Este artigo visa apenas estimular a curiosidade e não possui a pretensão de ser uma verdade absoluta, mas ele é validado e embasado na ciência real. Não se trata, em absoluto, de “achismo” ou pseudociência. As perguntas e os experimentos são especulativos na medida em que não sabemos tudo sobre a natureza. Então as especulações são válidas.
Escrito por: Marco Aurélio Riesemberg Hundsdorfer
Sobre o autor:
Mestrando em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)-Paraná  (2017).
Formado em Licenciatura em Geografia (UEPG) (2014).
Pós graduado em Metodologia do Ensino Superior(UEPG) (1997).
Bacharel em Processamento de Dados (1989).
Astrônomo amador (SEMPRE).
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