Desde 1930, os cientistas estudam partículas que podem ser simultaneamente consideradas matéria e antimatéria. Atualmente, os físicos encontraram fortes evidências de que tal fato foi identificado em um material supercondutor – o que pode representar a primeira partícula chamada Majorana, capaz de ajudar os pesquisadores a codificar informações para computadores quânticos.
Fonte da imagem: Scientific American |
A nova partícula Majorana foi identificada dentro de um supercondutor, um material no qual a livre circulação de elétrons permitiu que a eletricidade fluísse sem resistência. A pesquisa foi liderada por Ali Yazdani, da Universidade de Princeton, e foi caracterizada por uma longa cadeia de átomos de ferro, que são magnéticos, em cima de um supercondutor de chumbo.
Comportamento que não pôde ser 100% entendido
Usualmente, o magnetismo interrompe os supercondutores, que dependem de uma falta de campos magnéticos para que seus elétrons fluam livremente. Nesse caso em específico, a cadeia magnética se transformou em um tipo especial de supercondutor no qual os elétrons próximos uns dos outros na cadeia coordenaram as suas rotações a fim de satisfazer simultaneamente as exigências de magnetismo e supercondutividade.
Cada um desses pares pode ser entendido como um elétron e antielétron, com cargas positivas e negativas, respectivamente. No entanto, esse arranjo deixa os elétrons em cada extremidade da cadeia sem um vizinho para se emparelhar, o que levou os cientistas a assumir que eles adquirem propriedades de elétrons e antielétrons ao mesmo tempo.
A principal relevância dessa descoberta é a possibilidade de construção de computadores quânticos, capazes de fazer uso das leis de mecânica quântica para realizar cálculos muito mais rápidos do que os computadores convencionais.
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| Fonte: Scientific American |
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