O animal que você vai conhecer agora é uma coruja um pouco diferente das comuns. Apesar de ser cega, é nos seus próprios olhos que ela carrega uma característica surpreendente: eles parecem uma noite estrelada.
De acordo com um artigo de Julija K., do Bored Panda, a coruja, batizada de Zeus, foi encontrada por uma pessoa no sul da Califórnia, nos Estados Unidos. O animal estava ferido em uma varanda e a pessoa o recolheu, percebendo ainda que ele era cego. A pessoa que ajudou a coruja também percebeu que seus olhos pareciam ter estrelas e a levou ao veterinário.
A beleza do olhar cósmico de Zeus, que parece ter captado a essência de alguma foto do Hubble retratando os confins do universo, esconde uma verdade triste. Quando ainda vivia na natureza, a coruja sofreu algum tipo de acidente. Ela pode ter se chocado contra uma estrutura enquanto voava ou então pode ter sido atacada por um predador, o que fez com que ficasse praticamente cega.
Depois da visita ao especialista, a coruja foi encaminhada ao seu novo lar permanente no Centro de Aprendizagem e Vida Selvagem, em Sylmar, Califórnia, onde ganhou o seu nome. A equipe do local resolveu ficar com a ave, pois, como ela é cega, eles não podiam simplesmente liberá-la na natureza. Por isso, agora ela vive com tranquilidade no lugar.
Segundo o fundador do centro, Paul Hahn, falou ao Bored Panda, um oftalmologista veterinário analisou o animal e verificou que ele tem apenas cerca de 10% de visão e não seria capaz de sobreviver por conta própria na floresta.
O que a coruja tem é uma catarata capsular e as manchas brancas que brilham em seus olhos são causadas por coágulos de fibrina, que são pigmentos sanguíneos que causam essa aparência “galáctica” nos olhos de Zeus.
É possível conhecer Zeus pessoalmente fazendo uma visita às instalações do Wildlife Learning Center, no Canadá (confira o mapa). Para continuar dando o nível de atenção que a coruja e os outros animais merecem, a instituição está arrecadando fundos através de uma campanha de financiamento coletivo, que pode ser acessada aqui.
Revista Galileu, Megacurioso