Há muito tempo, o homem sempre se perguntou sobre as coisas que o cerca, como a natureza funciona e sempre criou hipóteses sobre o formato, a origem e o destino do Universo.
Impressão artística mais próxima do que pode ser a Via Láctea, com base em evidências observacionais indiretas.
Hoje sabemos que a Terra não é plana, como nossos sentidos nos mostraram e que as estrelas que pareciam próximas de nós, na verdade estão bem distantes e que estamos na periferia de uma galáxia espiral que chamamos de Via Láctea. Hoje sabemos também que a nossa galáxia tem 100.000 anos-luz de uma ponta a outra e que ela é uma galáxia espiral com um buraco negro no seu centro. Mas como sabemos o seu formato, se nunca saímos de dentro dela?
Resposta:
Hoje, os cientistas não podem saber com exatidão através de observação direta mas sabemos o formato da Via Láctea através de observações indiretas e fortes evidências observacionais que incluem:
- Quando observamos a região central da nossa Galáxia (o braço de sagitário) que fica entre as constelações de Escorpião e Sagitário, podemos ver um núcleo afinado e alongado. Isso sugere um disco visto de perfil, e não uma forma arredonda ou elipsoidal. Ao compararmos o centro da Via Láctea com as galáxias que vemos no Universo, ela se parece muito mais com uma galáxia do tipo espiral;
- - Quando os cientistas medem a velocidade das estrelas e dos gases que orbitam a Via Láctea, é possível perceber que todos os objetos seguem um percurso parecido, com velocidades médias que fazem sentido com suas vizinhas, e isso é algo comum nas galáxias espirais, diferente dos movimentos irregulares e aleatórios que ocorrem com outras formas de galáxias;
- A distribuição dos gases da Via Láctea, assim como suas cores (comprimentos de onda), são iguais a de galáxias espirais que observamos no Universo (como a nossa vizinha, a Galáxia de Andrômeda).
Braço de Sagitário observado no céu noturno. |
Imagem da Via Láctea tirada do espaço vista em todos os comprimentos de onda. |