O rover Curiosity da NASA mediu o nível mais alto de gás metano já encontrado na atmosfera na superfície de Marte, e isso pode indicar presença de criaturas vivas que produzem o gás.
A leitura feita na semana passada na Gale Crater - 21 partes por bilhão - é três vezes maior que o recorde anterior, que a Curiosity detectou em 2013.
Cientistas planetários rastreiam avidamente o metano em Marte porque sua presença pode ser um sinal de vida no planeta vermelho. Na Terra, a maior parte do metano é produzida por seres vivos, embora o gás também possa vir de fontes geológicas, como reações químicas envolvendo rochas. Várias espaçonaves e telescópios detectaram o metano em Marte nos últimos 16 anos, mas o gás não aparece em nenhum padrão previsível - aprofundando o mistério de sua origem.
O Curiosity mediu o metano muitas vezes desde que aterrissou na Cratera da Galé em 2012. O nível é tipicamente baixo, geralmente na faixa das partes por trilhão, e parece aumentar e diminuir à medida que as estações marcianas mudam.
A medição mais recente é “excitantemente enorme”, diz Oleg Korablev, físico do Instituto de Pesquisas Espaciais, em Moscou. Ele dirige um dos instrumentos de inalação de metano do Rastreador Europeu de Gás (European Trace Gas Orbiter - TGO). A espaçonave foi lançada em 2016 para resolver o mistério do metano em Marte, mas até agora não detectou nenhum dos gases indescritíveis.
Uma explicação para isso poderia ser que o metano é diluído ou destruído à medida que sobe mais alto na atmosfera, diz Michael Mumma, cientista planetário do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. Espaçonaves em órbita, como o TGO, são as mais adequadas para medir o metano a muitos quilômetros acima da superfície.
O TGO está agora procurando por metano na atmosfera acima da Cratera da Galé. O mesmo ocorre com a espaçonave Mars Express, da Agência Espacial Européia, o outro orbital de Marte que mede o metano.
A NASA está ampliando a estadia da Curiosity em sua localização atual na cratera - um local chamado Teal Ridge. Os cientistas da agência estavam programados para realizar um experimento de metano na semana passada para ver se eles podem confirmar altos níveis de metano, mas ainda não divulgaram seus resultados.
Via: Scientific American
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Graduado em Física pela UEPB. Mestre em física com ênfase em Cosmologia pela UFCG. Possui experiência na área de divulgação científica com ênfase em astronomia, astrofísica, etnoastronomia, astrobiologia, cosmologia, biologia evolutiva e história da ciência. Possui experiência na área de docência em informática e Física. Artista plástico. Fundador do Projeto Mistérios do Universo. Membro da Associação Paraibana de Astronomia e da Sociedade Astronômica Brasileira. Pai, nerd, colecionador, aficionado pela arte, por livros, pela ciência, pela astronomia e pelo Universo.
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