Segundo a publicação, Mimas tem sua superfície coberta de crateras, característica que sugeria que o satélite possuía uma superfície geologicamente inativa, sem muita coisa para explorar. No entanto, parece que a luazinha — Mimas é o menor astro do Sistema Solar a apresentar um formato quase completamente esférico — não é tão enfadonha assim.
Balanço
Contudo, uma equipe de cientistas descobriu que esse “bamboleio” é muito maior do que se pensava, mais precisamente o dobro do esperado. Os pesquisadores confirmaram essa novidade depois de analisar dados coletados pela sonda Cassini, da NASA, concluindo que os modelos disponíveis de Mimas — como um que se apoia na crença de que a massa interna da lua se encontra distribuída de maneira uniforme — não explica o forte movimento.
O mais animador é que basta uma aproximação da Cassini para comprovar qual das duas hipóteses é correta. Os cientistas explicaram que se a trajetória da sonda sofrer alguma alteração durante o sobrevoo, isso significa que Mimas possui o núcleo estranho. Por outro lado, se nada acontecer, então a hipótese sobre o oceano é a certa. Independente de qual das alternativas for comprovada, ambas levam a conclusões interessantes.
Já no caso de Mimas esconder um oceano, então é possível que a lua conte com uma fonte de calor sobre a qual ninguém havia pensando antes, provavelmente resultante de sua órbita elíptica. Devido à falta de atividade geológica na superfície do satélite, os cientistas descartam que essa fonte seja interna. Assim, o calor seria derivado do intenso campo gravitacional de Saturno, que faz com que as camadas internas de Mimas entrem em fricção conforme ela se aproxima ou se afasta do planeta.
Imagens NASA