A InSight será a primeira missão a explorar o interior do planeta vermelho, além de investigar tremores de terra na superfície do planeta. O pouso irá ocorrer as 17:00h (horário de Brasília).
O nome InSight é um trocadilho com a palavra inglesa insight, que não tem uma tradução ideal em português, mas significa algo como “sacada” ou “percepção”. Na verdade, as letras formam o interminável acrônimo Interior Exploration Using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport (exploração do interior, usando investigação sísmica, geodésica e transporte de calor).
O nome InSight é um trocadilho com a palavra inglesa insight, que não tem uma tradução ideal em português, mas significa algo como “sacada” ou “percepção”. Na verdade, as letras formam o interminável acrônimo Interior Exploration Using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport (exploração do interior, usando investigação sísmica, geodésica e transporte de calor).
Bruce Banerdt, cientista-chefe da missão, afirmou ao New York Times que a sonda pousará em uma região chamada Elysium Planitia, o pedaço mais monótono da superfície de Marte: “Nós escolhemos o mais próximo de um estacionamento de 100 quilômetros que deu para encontrar”. É provável que não haja montanhas ou sequer pedras no campo de visão do veículo.
As informações da InSight não servirão só para munir os astronautas do futuro com informações sobre prováveis “martemotos” (marsquakes), como foram apelidados os tremores de terra do nosso vizinho cósmico. A análise de abalos sísmicos nos dará informações sobre a história geológica de Marte desde sua formação, há 4,5 bilhões de anos. Em última instância, isso significa entender melhor a juventude conturbada do Sistema Solar.
A sonda carregará vários instrumentos científicos, que, assim como ela, foram batizados com siglas. Dois têm funções bem simples: o HP3, de fabricação alemã, é basicamente um termômetro enterrado, capaz de medir quanto calor o interior do planeta emana para a superfície sem interferência das variações climáticas lá fora. Ele tem alguns truques, porém como emitir seus próprios pulsos de calor para ver como eles se distribuem pelo solo. Já o SEIS, de origem francesa, é responsável por captar vibrações sutis na superfície, tanto as causadas por fenômenos no interior de Marte quanto as motivadas por choques de meteoritos ou tempestades.
Durante a descida, o InSight enviará dados sobre cada etapa principal de seu processo de pouso usando uma de suas antenas onboard menos potentes. Os cientistas tentarão captar esses sinais da Terra, mas duas espaçonaves próximas também estarão atentas. Essas duas sondas são a espaçonave MarCO, que foi lançada com a InSight em maio e viajou a Marte desde então. As sondas MarCO são feitas a partir de um tipo de satélite padronizado conhecido como Cube Sat, que consiste em cubos de 10 centímetros que podem ser empilhados juntos. Os Sats Cube tornaram-se ferramentas cruciais para a coleta de dados em órbita ao redor da Terra, mas os satélites da MarCO são os primeiros a serem enviados para o espaço profundo.
Além da InSight dois satélites de comunicação chamados Mars Cube One, ou MarCO irão acompanhar a sonda. Anexos a parte, eles têm o tamanho aproximado de maletas de executivo, e vão intermediar o envio das informações do solo marciano para o solo terráqueo. Essas duas anteninhas servirão como um teste valioso para a implantação, em um futuro ainda distante, de uma rede de telecomunicações interplanetária.
A NASA planeja fornecer cobertura ao vivo do pouso a partir das 17:00 (horário de Brasília). O canal Space Today também irá transmitir ao vivo o pouso. Acompanhe:
Nenhum comentário:
Postar um comentário